O Colégio Estadual Antônio Olavo Galvão foi
fundado em 11 de junho de 1984, como parte de um programa do Governo do Estado
da Bahia, sob o comando do então Governador Antônio Carlos Magalhães, do
Prefeito Dr. Renato Machado e do professor/diretor José Raimundo Galvão.
Em 1967, o Governo Federal organizou o Movimento Brasileiro de
Alfabetização (Mobral), que até a década de 80 não parou de crescer,
difundindo-se por todo o território nacional e diversificando sua atuação. Uma
de suas iniciativas foi o Programa de Educação Integrada (PEI), que condensava
o primário em poucos anos e abria a perspectiva de continuidade dos estudos aos
recém- alfabetizados do Mobral.
Foi dentro deste contexto que surgiu em Santo Antônio de Jesus um Posto
de Educação de Jovens e Adultos (PEA), onde funcionava o Curso do Supletivo e
cursos de datilografia, bordado, pintura e reforço escolar. O PEA (Posto de
Educação de Adultos), como foi chamado no início, visava oferecer a cada jovem
e a cada adulto uma efetiva perspectiva de ensino que permitisse desenvolver
suas potencialidades com vista à plena
realização pessoal. Teve como curso precursor o Projeto LOGOS II, destinado à
formação de Professores Leigos Municipais, sob a coordenação do professor José
Raimundo Galvão e das professoras Ana Maria Santos e Vera Lúcia Silva.
Com uma estrutura bastante simples, tinha cinco boxes, sala de
avaliação, secretaria, tráfego, sala de orientação da clientela, sala de
alfabetização e salas para cursos profissionalizantes. O atendimento
apresentava uma forma específica de acolher a clientela, a qual passava por
várias etapas, até chegar ao atendimento individualizado, em box, ou seja,
professor/aluno. No plano individual, desfrutavam das conquistas do espírito,
além de contribuir para completar integração no meio social.
A procura de jovens/adultos para esses cursos foi aumentando
gradativamente e em 1986, com o afastamento do diretor José Raimundo Galvão, o
PEA foi transformado em Escola Estadual de 1º Grau Antônio Olavo Galvão. O nome
da escola foi dado em homenagem ao seu pai, ex-prefeito, Antônio Olavo Galvão
que pertencia a uma família ilustre e bem conceituada na cidade.
O Ensino Supletivo assegurou durante alguns anos a possibilidade de
continuação dos estudos da nossa comunidade e das cidades circunvizinhas tendo
em vista as características específicas de idade, experiência de vida, etc.
Diante das novas perspectivas educacionais, um novo processo
metodológico surgiu. A escola mais uma vez passou por reformas, em toda sua
estrutura física e pedagógica.
Em 1991, surgem outras modalidades educacionais para se trabalhar com os
jovens e adultos, entre estas está inserida a CPA (Comissão Permanente de
Avaliação), que oportunizou a conclusão do Ensino Médio, sem que estes
frequentassem obrigatoriamente uma sala de aula.
Com a implantação da CPA (Comissão Permanente de Avaliação) do Ensino
Fundamental e Ensino Médio, a escola passou a denominar-se Colégio Estadual
Antônio Olavo Galvão.
Inicialmente o colégio funcionava num prédio com salas pequenas sem
muita infraestrutura, mas mesmo nessas condições, o projeto foi dando
continuidade e a clientela aumentando cada vez mais.
As exigências educativas da sociedade eram crescentes e constantes e
estavam relacionadas a diferentes dimensões da vida das pessoas, ao trabalho, à
participação social e política.
Em 2007, a escola passa por mais uma visível reforma, perdendo sua
característica específica de Educação de Jovens e Adultos e adquire um outro
perfil como Escola de Ensino Regular.
Em meados de 2010, com o prédio já reformado pelo Governo do Estado e as
salas de aula ampliadas, o Colégio Estadual Antônio Olavo Galvão ofereceu os
cursos Tempo Formativo II, Tempo de Aprender I (Ensino Fundamental) e Tempo de
Aprender II (Ensino Médio) e o Ciclo de
Aprendizagem II do Ensino Fundamental. Além disso, a Comissão Permanente de
Avaliação (CPA), oferecia mensalmente
100 vagas, por disciplina, para o Ensino Fundamental e Ensino Médio, atendendo
a uma demanda considerável de alunos oriundos deste município e das mais
diversas cidades circunvizinhas.
Atualmente, com a professora Sueka de Oliveira Santana na direção, o
Colégio Estadual Antônio Olavo Galvão, oferece os cursos Tempo de Aprender I e
II (EJA), uma oferta da Educação de Jovens e Adultos, semipresencial e a
modalidade de certificação e regularização, CPA (Comissão Permanente de Avaliação),
que atende a alunos de vários municípios da região, recebendo, mensalmente,
cerca de 1000 candidatos do Ensino Médio e 250 candidatos do Ensino Fundamental
II. Os cursos tem como objetivo oportunizar uma educação de jovens e adultos
com qualidade e metodologia própria, voltada para a formação do cidadão
consciente e crítico, capaz de participar de forma efetiva do processo de
transformação da sociedade. Com essa oportunidade a CPA continua até então
sendo uma alternativa como modalidade supletiva representando uma contribuição
para o resgate da dignidade e constituição de uma cidadania mais crítica e
participativa.
A clientela da EJA são jovens, adultos e idosos que não possuem
disponibilidade de tempo para frequentar os cursos presenciais pelas condições
de vida e de trabalho e precisam concluir a escolarização básica nos turnos
diurno e noturno. Esses estudantes na sua maioria são donas de casa e
trabalhadores que atuam em regime de trabalho e/ou exercem trabalhos
extremamente cansativos e não dispõem diariamente de tempo e nem força física
para frequentar a escola todos os dias.
O Colégio Estadual Antônio Olavo Galvão está localizado em uma
comunidade urbana, com clima tropical, próximo à Universidade do Estado da
Bahia, e funciona nos três turnos. Sua localização é de fácil acesso, o que
facilita o atendimento à comunidade.
Por Eliana Mercês